Huawei continua a recuperar com o maior crescimento de receitas desde 2019, lê-se num relatório
da Reuters.
Em 2023, a Huawei registou o seu maior crescimento em quatro anos, impulsionado por um ressurgimento no setor de eletrónica de consumo e receitas crescentes de empreendimentos emergentes, como componentes para automóveis inteligentes.
Para a empresa, este é um momento notável na sua recuperação do impacto das sanções dos EUA, com a receita total a aumentar 9,63% em relação ao ano anterior, alcançando os 704,2 bilhões de yuans (97,48 bilhões de dólares). A maior parte deste aumento foi atribuída ao negócio de consumo, que registou um crescimento de 17,3%, totalizando 251,49 bilhões de yuans.
Isso dificilmente surpreende, dado o impressionante regresso da Huawei ao mercado dos smartphones 5G no ano passado com o lançamento do Mate 60, tornando efetivamente irrelevantes as restrições e regulamentações impostas pelos EUA.
Desde 2019, a Huawei tem enfrentado restrições de acesso à tecnologia dos EUA e foi proibida de aceder a chips 5G desenvolvidos nos EUA para os seus smartphones. Apesar destes desafios, a empresa registou o seu terceiro ano consecutivo de crescimento em 2023, embora as receitas ainda estejam aquém do pico de 2020, de 891,3 bilhões de yuans (mais de 120 bilhões de dólares).
A Huawei dispensou a habitual conferência de imprensa e espetáculo de lançamento de produtos que mantinha desde o início das sanções dos EUA. O relatório indica que o Presidente Rotativo Ken Hu, numa declaração à imprensa, alinhou estes resultados com as projeções da empresa, afirmando: "Passámos por muitas dificuldades nos últimos anos. Mas através de um desafio após outro, conseguimos crescer."
A narrativa fiscal de 2023 também relatou um aumento de 144,5% nos lucros líquidos para 87 bilhões de yuans, duplicando a margem de lucro líquido para 12,35% em comparação com o ano anterior.
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